domingo, 30 de julho de 2017

Alvim Seidel - Orquidário Catarinense

ALVIM SEIDEL - ORQUIDÁRIO CATARINENSE

Estabelecido em 1906



Sendo um dos pioneiros da colonização de Corupá (ex Hansa Humboldt), Roberto Seidel chega a esta cidade em 1902. Em 1906 inicia um pequeno estabelecimento de floricultura e arboricultura, onde começa a produção de plantas ornamentais e frutíferas. Após algum tempo, inicia-se também o cultivo de algumas variedades de orquídeas.

Em 1945 o estabelecimento foi dividido entre os filhos de Roberto Seidel, sendo que Leopoldo Seidel, fica com a produção de frutíferas e ornamentais e seu irmão, Alvim Seidel fica com a produção de orquídeas e bromélias. Logo, o Orquidário Catarinense passa por uma considerável expansão.

Em 1957, falece seu Roberto Seidel, sendo que neste momento, várias Sociedades Orquidófilas do País, bem como de países como U.S.A., Áustria e Alemanha expressaram seus sentimentos e pesar pelo falecimento deste saudoso orquidófilo.

Através de seus belos catálogos ilustrados, onde eram expostas as variedades de plantas comercializadas, o Orquidário Catarinense conseguia atender clientes das mais diversas localidades do país e do exterior, em uma época onde a informação sobre orquídeas e plantas em geral, eram muito escassas.

Alvim Seidel dedicou sua vida inteira a coleta de plantas, nos lugares mais distantes e de difícil acesso do país. Mais de 100 novas espécies entre orquídeas e bromélias, foram por ele descobertas. Muitas dessas espécies foram por ele salvas da destruição, numa época em que as árvores, nas quais as plantas cresciam, eram derrubadas indiscriminadamente.

Em mais de 100 anos de tradição, atualmente o Orquidário Catarinense é comandado por Donato Seidel, e pelo seu filho Donato Seidel Junior, respectivamente 3° e 4° geração da família no negócio.

Site do Orquidário Catarinense Alvim Seidel, clique aqui;

Página do Orquidário Catarinense no Facebook, clique aqui.


Seleção de Fotos antigas do Orquidário Catarinense


Roberto Seidel, fundador do Orquidário Catarinense.
Imagem: Catálogo Geral Orquideário Catarinense 1957-1958

Vista parcial do Orquidário Catarinense na década de 50.
Imagem: Catalogo Geral Orquideário Catarinense 1968-1969

Vista parcial do Orquidário Catarinense na década de 50.
Imagem: Catálogo Geral Orquideário Catarinense 1951-1953

Vista parcial do stand do Orquidário Catarinense na Exposição do Centenário de Blumenau
Imagem: Catálogo Geral Orquideário Catarinense 1951-1953

Florada no Orquidário Catarinense
Imagem: Catálogo Geral Orquideário Catarinense 1951-1953

Seleção de imagens de capas dos antigos Catálogos do Orquidário Catarinense - Alvim Seidel


Catálogo Geral Orquideário Catarinense 1951/53.
Imagem: Coleção Gustavo Giacon

Catálogo Geral Orquideário Catarinense 1957 - 1958.
Imagem: Coleção Gustavo Giacon

Catálogo Geral Orquideário Catarinense 1959 - 1960.
Imagem: Coleção Gustavo Giacon

Catálogo Geral Orquideário Catarinense 1968-1969.
Imagem: Coleção Gustavo Giacon

Referências:


  • Catálogo Geral Orquideário Catarinense 1951/53;
  • Catálogo Geral Orquideário Catarinense 1957 - 1958;
  • Catálogo Geral Orquideário Catarinense 1959 - 1960;
  • Catálogo Geral Orquideário Catarinense 1968 - 1969;
  • Histórico, acessado em 30/07/17. http://www.seidel.com.br/site_seidel_port/historico/




sexta-feira, 28 de julho de 2017

Roselândia - Irmãos Boettcher

ROSELÂNDIA - IRMÃOS BOETTCHER

Estabelecido em 1929



Em 1929 os irmãos Hans e Kurt Boettcher imigram da Alemanha para o Brasil, e ao chegar resolveram tentar a sorte como floricultores. Nesta época a flor da moda na cidade de São Paulo era a Dália, e logo os irmãos recém chegados, resolvem investir na produção desta flor, estabelecendo assim a produção em uma chácara no bairro do Jabaquara em São Paulo. Em dois anos a produção de dálias já havia alcançado um enorme sucesso, sendo que logo foi realizada a primeira exposição de dálias; estas exposições aliadas a comercialização de mudas se transformaram no principal foco de sucesso dos irmãos Boettcher.

Entre os anos de 1933 e 1934 a Floricultura dos irmãos Boettcher transfere-se para Cotia. Foi um ano de bastante trabalho, pois neste momento além da grande produção de dálias e rosas, já havia cultivo de outras variedades de plantas e árvores frutíferas. As plantas que não puderam ser comercializadas, foram transplantadas para a nova propriedade de Cotia. Nesta ocasião a empresa mudou o nome de Floricultura Jabaquara para Floricultura e Pomicultura de Cotia.

As exposições, que já haviam se transformado em um grande sucesso, passam com a mudança de endereço a serem realizadas em cotia, porém sua primeira estreia se torna em um grande fracasso, principalmente devido à distância e às péssimas estradas que faziam a ligação de São Paulo com Cotia, sendo que nesta exposição uma única pessoa visitou a exposição de dálias.

Canteiro da Rosa n°1898, na Fazenda Roselândia. Catálogo Irmãos Boettcher, 1953.
Imagem: Coleção Gustavo Giacon
Porém os irmãos não desistem, alguns anos depois do fracasso da primeira exposição, eles reformulam os espaços da Fazenda Roselândia, criando grandes canteiros de flores de rosas e dálias. Assim, quando realizam uma segunda exposição de dálias, esta se transforma em um verdadeiro sucesso, capaz de congestionar o trânsito entre Cotia e São Paulo, e esgotar os estoques de alimentos dos restaurantes da região.

Informe da 1° Festa das Rosas da Roselândia em Cotia, 16-11-1952, Correio Paulistano.
Imagem: Coleção Gustavo Giacon
Notícias da Festa das Rosas, Catálo Irmãos Boettcher, 1953.
Imagem: Coleção Gustavo Giacon
Com este grande sucesso, nasce a ideia de criar a Festa da Rosa, sendo que em 1951, foi construído o grande prédio para abrigar a loja de plantas da Roselândia, e em 15 de novembro de 1952, é realizada a primeira Festa das Rosas de Cotia, porém sua oficialização no circuito de exposições ocorreu em 1958, quando foi inaugurada pelo secretário da agricultura do Estado de São Paulo. Neste momento, consolidou-se a maior fazenda produtora de rosas do Brasil, sendo criadas e desenvolvidas mais de 320 espécies de roseiras em seus 870 mil metros quadrados. Com isso, a cada ano milhares de visitantes vinham visitar a Fazenda Roselândia. Com o grande fluxo de turistas é criada infraestrutura para garantir acesso a fazenda, principalmente em novembro, quando todos os anos era realizada a Festa das Rosas.

Em 1971 faleceu um dos irmãos, Kurt, diretor comercial da Roselândia. Hans, o irmão e diretor técnico continuou administrando a empresa, ate Arno Boettcher, filho de Hans, assumir a empresa.

A partir do final da década de 90, a Roselândia passou por algumas restruturações, pois o mercado de rosas passou por diversas mudanças. As festas das rosas deixaram de serem realizadas, e em 2011 a propriedade foi fechada para visitação publica, e em 2014 o prédio principal da empresa, foi totalmente demolido.

Após o encerramento das vendas em sua loja, a atividade de comercialização passou então a ser feita somente pela loja virtual da empresa, que infelizmente parou as atividades em 2015.

Capa do catálogo Irmãos Boettcher, 1953.
Imagem: Coleção Gustavo Giacon

Capa do catálogo Irmão Boettcher - Roselândia, 1956.
Imagem: Coleção Gustavo Giacon

Capa do convite catálogo Festa da Rosa - Roselândia, 1968.
Imagem: Coleção Gustavo Giacon

Capa do catálogo n° 11 da Roselândia, Primavera de 1985.
Imagem: Coleção Gustavo Giacon

Capa do catálogo n° 12 Roselândia, inverno de 1986.
Imagem: Coleção Gustavo Giacon

Referências:




quinta-feira, 27 de julho de 2017

Adolpho Lietze

ADOLPHO LIETZE

Estabelecido em 1865



Adolpho Lietze, natural de Potsdam na Alemanha, chega ao Brasil em 1860. Inicialmente se estabelece na Província de Santa Catarina, porém não obtendo sorte na região, se muda para o Rio de Janeiro, então a capital do Império Brasileiro.

A partir de 1865 Lietze começa o cultivo de algumas variedades de plantas ornamentais destinadas a comercialização, como orquídeas e tinhorões. Em pouco tempo, seus negócios prosperam, e este estabelece sua Chácara das Flores na Rua Humaitá, n° 42, no Bairro do Botafogo, Rio de Janeiro.

Logo estabelece contato com célebres botânicos de seu tempo, e acaba mandando vir da França, diversas variedades de Caladiums, que seriam usados em hibridizações e cruzamentos com outras espécies, gerando assim parte de sua enorme coleção de tinhorões.

Adolpho Lietze contempla em sua velhice, seus admiráveis tinhorões.
Foto: Floricultura Brasileira, 1948.
Em 1908 aos 69 anos, Adolpho Lietze vem a falecer, sendo que neste momento, suas centenas de variedades de Caladiums estavam espalhados em muitos jardins brasileiros, como de outros países para onde foram exportados, através de sua firma. Com a maior justiça, merece o título pomposo de o "Rei dos Tinhorões".

Muitas de seus Caladiums Híbridos foram destaques em exposições na Europa, conquistando varias medalhas de ouro e prata, e assim expondo o Brasil no exterior nesta época.

Apos sua morte, sua esposa, Thereza Moses Lietze, continua os negócios da empresa, e a cada ano aumenta a quantidade de variedades, em suas importantes coleções. Após o falecimento desta em 1921, assume o seu filho Dr. Henrique Lietze, porém este falece pouco tempo depois, aos 30 anos de idade, em 1923.
A esquerda: Thereza Moses Lietze, e ao colo, ainda criança, Paulo Lietze. A direita, Thereza Lietze. Três gerações da família Lietze.
Foto: Floricultura Brasileira, 1948.
Após o falecimento do Dr. Henrique, sua irmã Thereza Lietze, dá continuidade a empresa e as grandes coleções de Caladiums, na velha chácara da Rua Barão de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Seu sobrinho Paulo Lietze, neto do Rei dos Tinhorões, a ajudava também nesta época.

Observação: Após os anos 50, não há relatos ou registros de como continuaram os negócios da firma, e de suas coleções. Contribuições são sempre bem vindas!

Veja detalhes de um catálogo em inglês da firma A. Lietze de 1902, com listagem das variedades de Caladiums disponíveis na época:

Capa do Catálogo: New production of Caladiums with many coloured leaves by A. Lietze. 1902, Rio de Janeiro, Brazil.
Imagem: Coleção Gustavo Giacon

Variedades de Caladiums da firma de A. Lietze com o preço da época em Xelins (Shillings), 1902.
Imagem: Coleção Gustavo Giacon
Variedades de Caladiums da firma A. Lietze disponíveis para venda em 1902.
Imagem: Coleção Gustavo Giacon 


Variedades de Caladiums da firma A. Lietze disponíveis para venda em 1902.
Imagem: Coleção Gustavo Giacon 

Variedades de Caladiums da firma A. Lietze disponíveis para venda em 1902.
Imagem: Coleção Gustavo Giacon
 

Variedades de Caladiums da firma A. Lietze disponíveis para venda em 1902.
Imagem: Coleção Gustavo Giacon 

Variedades de Caladiums da firma A. Lietze disponíveis para venda em 1902.
Imagem: Coleção Gustavo Giacon 

Referências:



quarta-feira, 26 de julho de 2017

Corneta Ferramentas

CORNETA FERRAMENTAS


Corneta: Tradição marcada pela Era Napoleônica

 

Nada supera o forjamento na produção de peças de aço. Séculos se passaram e o processo prevalece nas indústrias de todo mundo, favorecido por novos conhecimentos tecnológicos. O forjamento marca o início do trabalho do aço pelo Homem. E a Corneta tem uma grande participação na trajetória e evolução da História da Cutelaria, no Brasil, na Alemanha, na Europa, no mundo enfim.

Impossível contar a história da Corneta sem mencionar as tradições de Solingen/Alemanha, localizada próxima à Colônia, cidade fundada pelos romanos às margens do rio Reno. No início da era cristã, Solingen apresentava algumas características naturais que favoreceram o desenvolvimento de atividades cuteleiras naquela região. Era rica em abundantes florestas, com um suprimento ilimitado de madeira para fazer carvão, assim como grandes quantidades de minério de ferro.

Por centenas de anos Solingen foi a supridora exclusiva de lâminas de espadas e de vários outros tipos de utensílios para Colônia, sendo inclusive, proibida de vender a qualquer outro cliente que não fosse originário daquela cidade. Pouco tempo depois, em troca da França reconhecer o Duque Maximiliano como o rei da Bavária, a região de Solingen passou ao domínio francês. Napoleão Bonaparte, governando a França, aboliu todos os regulamentos de ofício, fomentando a competição entre os artesãos e comerciantes até então sufocados pelas Guildas*, promovendo também um rápido desenvolvimento no setor. Uma das empresas decorrentes do fim do sistema das Guildas de artesãos de Solingen foi a Gebruder Weyersberg (Irmãos Weyersberg).


Linha do Tempo da Corneta Ferramentas


1787


1815


1883


1902/1911


1917/1932


1960/1962


1978


1997


Atual





Limeberry ou Limãozinho Vermelho Doce - Triphasia trifolia

 LIMEBERRY OU LIMÃOZINHO VERMELHO DOCE Triphasia trifolia Detalhe dos frutos Foto: Gustavo Giacon Pequeno arbusto frutífero originário do Su...